A vida curta e a morte absurda de Isabella Nardoni, assassinada aos cinco anos de idade.
Dia 29 de Março, a menina Isabella Nardoni, de 5 anos, sofreu tentativa de asfixia e foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo, quando passava o fim de semana com o pai e com a madrasta - Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
A AAV relutou o quanto pode em noticiar ou comentar o assassinato da pequena Isabella Nardoni, porém o trágico episódio ampliou o debate que havíamos noticiado outras vezes sobre um problema que ocorre no Brasil, mas sem grande repercussão até então: a violência doméstica contra as crianças.
Até pouco tempo, achava-se que este tipo de violência era mais comum entre famílias pobres e desestruturadas, vítimas de desequilíbrios emocionais extremos. Mas o caso Isabella Nardoni traz à luz um quadro grave em ascensão nas milhões de famílias brasileiras, não importando a classe social.
Centenas de milhares de crianças saem de casa para morar nas ruas não por causa da pobreza, mas por causa da violência doméstica praticada pelos mais próximos a elas, aqueles que deviam ampará-las e ajudá-las nos momentos mais difícieis. O quadro só piora com a dificuldade da criança em enfrentar a agressão familiar, agravada pelo consumo do álcool e das drogas, em meio ao ambiente de impunidade - mais precisamente pelo silêncio da mãe.
Crianças estas que as vezes chegam aos hospitais queimadas, pisoteadas, socadas e com marcas de abuso sexual. Embora todos esses dados sejam conhecidos pelos que lidam diretamente com as crianças, como médicos e professores, a pequena Isabella precisou nos deixar para que o Brasil acorde e - quem sabe - enfrente o problema com seriedade.
Fonte
http://www.integralismorio.org/auriverde/arquivo/2008/190408.htm
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